Entenda a dinâmica do golpe:

Segundo a Polícia Civil, no início da tarde desta segunda-feira, a vítima teria recebido uma ligação de uma "atendente" que perguntou à idosa se ela reconhecia um empréstimo de R$ 15 mil em sua conta.

Depois de responder que não sabia deste valor, ela foi transferida para um "gerente", com o nome fictício de "Gabriel", para que ele realizasse o procedimento de cancelamento deste falso empréstimo.

"Gabriel" orientou a mulher a baixar um aplicativo para que o "cancelamento" fosse feito e, após baixar o programa, ele "solicitou que ela informasse um número gerado por esse aplicativo". Depois disso, o homem passou a acessar remotamente o aparelho celular da idosa.

O golpista, em seguida, falou para a vítima entrar no aplicativo do banco e ir até a chave de segurança. A mulher verificou que haviam R$ 64 mil em sua conta e, como não reconheceu o empréstimo, "Gabriel" disse para ela "devolver" via Documento de Ordem de Crédito (DOC) para uma conta de outra agência bancária.

Neste momento, a idosa tentou entrar em contato via Whatsapp com o seu gerente de conta, mas como Gabriel estava vendo tudo o que a mulher fazia pelo celular, ele a repreendeu por esta ação, alegando inclusive que "era ele quem estava tratando do caso dela" e que nessa tentativa de contato com o gerente, este teria "ido até a mesa dele questioná-lo".

Segundo o Boletim de Ocorrência, o homem coagiu a mulher, fazendo ela se sentir "errada" diante da situação.

O golpe durou cerca de três horas e, neste período, a mulher realizou uma Transferência Eletrônica Disponível (TED) de R$ 999 e outra de R$ 3 mil, além de um PIX de R$ 4.980. Ao todo, o prejuízo da idosa foi de R$ 8.979.

Após a ligação, a vítima recebeu uma ligação do setor de segurança do banco e a atendente a questionou sobre as últimas movimentações, neste momento ela recebeu a notícia de que havia acabado de cair em um golpe.

A mulher, então, foi até uma agência para realizar bloqueios em sua conta e foi orientada a apagar o aplicativo que tinha sido instalado.

De acordo com a Polícia Civil, a vítima foi orientada que, para dar início às investigações, ela deverá comparecer na Central de Polícia Judiciária, em Presidente Prudente.

O delegado Marcelo Silva Constantini, responsável pelo caso, deu orientações ao g1 sobre o que fazer diante deste tipo de crime.

Constantini ainda disse que, caso a vítima tenha o contato do gerente de sua conta e conheça a voz dele, a orientação é conversar com o profissional.

"Se vier pedido de depósito por aplicativo de mensagem, não fazer sem antes, preferencialmente, conversar pessoalmente, ou pelo menos fazer uma chamada de vídeo para ouvir a voz e ver a pessoa", concluiu ao g1.

Fonte G1